O Museu do Holocausto abre ao público esta segunda-feira, 5 de abril, no Porto. O novo espaço torna-se assim no “primeiro” Museu do Holocausto na Península Ibérica, e contará com entradas gratuitas até ao próximo mês de junho. Neste local, os visitantes vão encontrar uma reprodução dos dormitórios de Auschwitz, e, entre outros espaços, fotografias e ecrãs que revelam filmes reais sobre o antes, o durante e o depois da tragédia, à semelhança do Museu de Washington, nos Estados Unidos da América.
Neste espaço museológico é também retratada “a vida judaica antes do Holocausto, o nazismo, a expansão nazi na Europa, os guetos, os refugiados, os campos de concentração, de trabalho e de extermínio, a Solução Final, as marchas da morte, a libertação, a população judaica no pós-guerra, a fundação do Estado de Israel”, entre outros elementos, explicou a organização do espaço museológico, em declarações à agência Lusa.
Ao longo da tarde desta segunda-feira, o Museu do Holocausto vai receber um concerto dinamizado pela Orquestra Clássica do Centro, com obras relativas ao drama do Holocausto. O novo espaço museológico é tutelado por membros da Comunidade Judaica do Porto, cujos pais, avós e familiares foram vítimas dos nazis na Segunda Guerra Mundial. O museu poderá ser conhecido nos dias úteis, das 14h30 às 17h30, sob medidas de segurança, de forma a diminuir o risco de contágio por Covid-19.
De acordo com responsáveis da Comunidade Judaica do Porto, a “construção do Museu do Holocausto no Porto contou com um donativo substancial de uma família sefardita portuguesa do sudeste da Ásia, que foi vítima de um campo de concentração japonês durante a Segunda Guerra Mundial”.
Texto: Juliana Batista