Fotografias captadas em Cabo Delgado e em Nampula durante o “trabalho de terreno no apoio às pessoas deslocadas” podem ser conhecidas na sede da Ordem dos Médicos, em Lisboa. Os registos fotográficos e os textos que os acompanham são da autoria de Carlos Almeida, coordenador de projetos da ONGD Helpo em Moçambique, país onde vive e trabalha desde 2010.
A exposição “dá a conhecer o quotidiano dramático e as histórias de vida de pessoas deslocadas em Moçambique, na sequência dos ataques armados que há três anos assolam a província de Cabo Delgado”, explicam os serviços de comunicação da Helpo, adiantando que a mostra “é também uma forma de continuar a chamar a atenção para a situação dramática em que vivem mais de 700 mil pessoas, metade das quais crianças, que se viram obrigadas a fugir das suas aldeias para sobreviver aos ataques armados”.
A exposição é constituída por 14 fotografias, que visam assinalar os “14 anos de trabalho da Helpo no norte de Moçambique”. Os registos fotográficos “revelam a situação de emergência em que vivem as pessoas deslocadas de Cabo Delgado e a intervenção da Helpo no apoio a estas populações”, destaca a organização não governamental para o desenvolvimento (ONGD) portuguesa.
A mostra é intitulada “O princípio, o meio e o resto – Olhos nos olhos com os deslocados de Cabo Delgado”, e assume também uma dimensão solidária uma vez que “é possível adquirir fotografias da exposição” e assim “apoiar os projetos da Helpo no norte de Moçambique”. A exposição resulta de uma iniciativa conjunta com a Ordem dos Médicos e pode ser conhecida de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 19h30 e, aos sábados, das 12h00 às 19h30, até ao próximo dia 25 de junho. A mostra encontra-se patente na Ordem dos Médicos.