O Papa Francisco agradeceu aos participantes da 94ª Assembleia Plenária da Reunião das Obras de Ajuda às Igrejas Orientais (Roaco) pelo apoio à população do Líbano, que sofreu as consequências de uma grave explosão no porto de Beirute no passado mês de agosto, e pela “sua atenção à realidade da Geórgia e da Arménia”, cuja paz “foi ferida mais uma vez nos últimos meses”.
O Santo Padre fez depois referência à situação vivida em Israel e Palestina, onde os “céus são sulcados por bombas que causam destruição, morte e medo”, sem esquecer o cenário dramático vivido na Síria. “O grito que vem da Síria está sempre presente no coração de Deus, mas parece incapaz de tocar o dos homens que têm nas mãos o destino dos povos. Resta o escândalo de dez anos de conflito, milhões de deslocados internos e externos, as vítimas, a necessidade de uma reconstrução que ainda permanece refém da lógica partidária e da falta de decisões corajosas para o bem daquela nação martirizada”, disse Francisco.
Os confrontos em Tigray, na Etiópia, também fazem parte das preocupações do Papa Francisco. “Acompanho com apreensão a situação que se criou com o conflito na região de Tigray, na Etiópia, sabendo que o seu âmbito também abrange a vizinha Eritreia. Além das diferenças religiosas e confessionais, percebemos o quão essencial é a mensagem da ‘Fratelli Tutti’, quando as diferenças entre etnias e as consequentes lutas pelo poder são erguidas num sistema”.
O Papa Francisco recebeu em audiência os participantes da 94ª Assembleia Plenária da Reunião das Obras de Ajuda às Igrejas Orientais (Roaco), na conclusão dos trabalhos do organismo, que tiveram lugar em Roma. A audiência decorreu na última quinta-feira, 24 de junho, no Vaticano. A 1 de julho o Vaticano irá acolher um encontro de representantes cristãos do Líbano. O objetivo será debater a situação vivida no país.