A demora do processo de vacinação contra a covid-19 na região amazónica e a morte mais de 100 mil pessoas devido à doença levou a Rede Eclesial Pan-Amazónica (REPAM) a publicar esta semana uma nota, assinada pelo cardeal Pedro Barreto, presidente do organismo, e pelo irmão João Gutemberg Sampaio, secretário executivo desta rede, colocando assim em marcha a campanha “Vacina Amazónia”.
No documento surgem palavras do Papa Francisco a propósito da vacinação – “Todos devem tomar a vacina. Não é uma opção, é uma ação ética, porque está em risco a sua saúde, a sua vida, mas também a vida dos outros”. Para a REPAM, a demora no processo de vacinação deve-se à “falta de vacinas suficientes para imunizar a população amazónica e à desinformação em diversas partes do território”, uma vez que são muitos aqueles que têm recusado a vacina.
A par desta situação, há o “surgimento de novas variantes do vírus, que são cada vez mais perigosas e mortais”, alerta a Rede Eclesial Pan-Amazónica, pedindo aos governos de cada um dos países para “que não meçam esforços para a compra e distribuição das vacinas para a região amazónica”. A REPAM pede aos governos “que não se omitam perante as dificuldades e clamores, em especial dos mais pobres e fragilizados”. Aos cidadãos, este organismo pede “para que se vacinem”, para que “não se deixem levar pela desinformação”, e que “motivem e animem as suas comunidades para este ato em favor do bem comum”.