A Organização Mundial da Saúde (OMS) encontra-se a conceder apoio à Costa do Marfim, depois do país ter confirmado o primeiro caso de ébola em 27 anos. De acordo com o governo da Costa do Marfim, o vírus foi descoberto em amostras colhidas num paciente que estava na Guiné e que viajou para a Costa do Marfim, tendo ido parar a um hospital em Abidjan depois de ter tido febre.
Perante esta situação, a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) encontra-se a transferir 5 mil doses de vacinas da Guiné-Conacri para a Costa do Marfim. Pretende-se que estas vacinas sejam usadas para imunizar pessoas de alto risco, como profissionais de saúde e pessoas que tiveram contacto com o caso confirmado.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, está neste momento a proceder-se à sequenciação genética para identificar a estirpe do vírus e confirmar se a contaminação do paciente da Costa do Marfim está associada ao surto da Guiné-Conacri, que foi dado como encerrado, no passado mês de junho. Segundo a OMS, além da Guiné-Conacri, também a República Democrática do Congo se deparou com um surto de ébola este ano.
Matshidiso Moeti, diretora da OMS para a África, considera que este caso na Costa do Marfim é preocupante porque Abidjan tem 4 milhões de habitantes. No entanto, a responsável lembra que a Costa do Marfim se encontra entre os seis países que tiverem o recente auxílio da OMS para se preparar para a deteção rápida do vírus, sendo que a deteção deste caso pode ser já fruto dos esforços empreendidos.