A fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) aprovou uma ajuda de emergência no valor de meio milhão de euros para o povo haitiano, na sequência do sismo de magnitude 7,2 na escala de Richter, que abalou aquele país no passado sábado,14 de agosto, e que causou a morte de 1.419 pessoas e cerca de 7.000 feridos, segundo dados provisórios da Proteção Civil do Haiti conhecidos terça-feira, 17 de agosto.
“Recebemos alguns relatos comoventes. Depois de todos os conflitos políticos que o país enfrenta desde 2019 e apenas um mês após o assassinato do Presidente da República, Jovenel Moïse, no início do mês de julho, no meio de ondas de violência e raptos que afligem o país e ainda com a notícia sobre uma grave seca e falta de água que já colocaram a população rural numa pobreza ainda mais profunda – além de tudo isso, o terremoto de sábado conseguiu lançar milhares de famílias para uma situação ainda pior do que todas as outras. É de facto uma situação impossível e as pessoas estão em choque”, lamentou Thomas Heine-Geldern, presidente executivo internacional da AIS.
“Temos consciência do grande esforço feito pela Igreja local para dar esperança às pessoas nesta situação de desespero, depois de tantos desastres naturais, no meio da violência e da pobreza extrema. Não podemos abandonar esta Igreja que luta para apoiar o seu povo nestes tempos difíceis. Além disso, estamos consternados com a notícia da aproximação de mais um furacão junto da costa. Peço as vossas orações pelo país, por todos aqueles que perderam entes queridos, pelos feridos e por todos aqueles que ficaram sem nada. Que Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, padroeira e protetora do Haiti, os proteja e conforte”, apela o responsável.