Os peregrinos de Fátima foram convidados a não se deixarem seduzir por uma “mentalidade mundana de competição e rivalidade” mas a abraçarem o “serviço e o acolhimento” aos “pobres e refugiados”, de acordo com o exemplo de Cristo. A interpelação partiu de Joaquim Ganhão, sacerdote e diretor do Departamento de Liturgia do Santuário de Fátima.
“A guerra dos primeiros lugares, a guerra do protagonismo, a guerra para dar nas vistas, por um lugar de proa, na Igreja e na Sociedade, é uma das doenças mais graves das nossas comunidades”, alertou o religioso, que presidiu à Missa internacional do último domingo, 19 de setembro, no Santuário de Fátima.
Perante aqueles que o escutavam, Joaquim Ganhão recordou que as duas marcas principais do cristão são acolher e servir. “Aprendamos com Jesus que não hesitou em se ajoelhar diante dos seus, quando lhes lavou os pés. Aprendamos com Ele que abraçava dos descartáveis e todos aqueles que estavam à margem no seu tempo”, desde a pecadora ao leproso, exemplificou o sacerdote, citado pelos serviços de comunicação do Santuário de Fátima.
De acordo com o templo mariano da Cova da Iria, inscreveram-se para esta celebração “14 grupos organizados”. Entre eles, “destaque para vários peregrinos motards e para a Peregrinação Nacional dos Dadores de Sangue portugueses, por quem foi invocada uma prece durante a oração dos fiéis, pela forma como ‘por amor aos outros’ desenvolvem ‘uma ação relevante em prol da defesa da vida’”.