Depois da chegada ao poder dos talibãs no Afeganistão, os líderes da Organização das Nações Unidas (ONU) e da comunidade internacional têm reforçado a importância dos direitos das mulheres e das raparigas afegãs. O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) fornece serviços de saúde materna no Afeganistão e tem-se deparado com um agravamento da situação para as grávidas, de acordo com os serviços de comunicação das Nações Unidas.
Dados do UNFPA mostram que “a cada duas horas, uma mulher afegã morre em decorrência das complicações do parto”. Segundo a agência das Nações Unidas “cerca de 4 milhões de mulheres precisam de assistência humanitária no país”. Com o objetivo de apoiar as grávidas, o UNFPA criou uma linha de ajuda através da qual “parteiras e ginecologistas fornecem suporte remoto ininterrupto às grávidas que enfrentam partos complicados”. Através desta iniciativa são fornecidos “conselhos, referências e até instruções passo a passo para procedimentos que podem salvar vidas”, referem as Nações Unidas. Só nos primeiros seis meses deste ano, esta agência das Nações Unidas “apoiou mais de 9 mil partos”.
Segundo Aleksander Bodiroza, médico e representante do UNFPA no Afeganistão, a proximidade da agência com a comunidade tem possibilitado a continuidade das operações e a garantia do acesso a serviços de saúde reprodutiva e medicamentos. Tal apoio “é fundamental para reduzir os óbitos maternos e levar os mais vulneráveis aos serviços essenciais de saúde”, destacou o profissional.