A trabalhar na Tanzânia há mais de 50 anos, o padre Luis Zubia é de origem basca, no nordeste da Espanha. Ao longo destes anos, trabalhou com várias etnias, incluindo os wahehe, os wabena, os wakinga e os wagogo em várias missões. Atualmente trabalha como capelão no hospital dos Missionários da Consolata em Ikonda: há oito anos que acompanha a doença, a dor e as esperanças de tantos doentes que visita regularmente. Juntamente com ele, trabalham naquele hospital os padres William Mkalula, Marco Turra e Riccardo.
Este hospital é uma verdadeira obra de consolação, sobretudo para tantos pobres desta nação africana, e torna-
-se numa realidade devido às ofertas dos benfeitores, ao serviço de tantos voluntários e ao contributo de tantas outras pessoas de boa vontade. Também aqui, a covid-19 fez-se sentir com muita intensidade. O padre Zubia, já com 78 anos, não tem medo nem se sente bloqueado: toma todos os cuidados necessários cada vez que visita os doentes com covid-19, protegendo-se para proteger, porque, como diz ele, “temos que estar ao lado deles, o mais próximo possível”.
“Embora todos os doentes pertençam a várias confissões religiosas, todos pedem para rezar por eles. Não importa que sejam muçulmanos, cristãos ou de outras religiões, pois todos temos, de qualquer modo, o mesmo Deus. Faço visitas durante a manhã e logo após o almoço: há quem queira ouvir uma palavra de consolação, outros pedem o sacramento da reconciliação e a santa comunhão”, refere o sacerdote. Ao fim do dia, os padres e irmãs que ali trabalham celebram a Eucaristia com os que podem estar presentes. “Estou muito feliz com este serviço de consolação, obra da nossa Mãe Consolata, que Ela quis e sustenta para os mais pobres”, disse o padre Zubia.
Texto: Álvaro Pacheco