O projeto “SMS Mamãs” encontra-se a ser desenvolvido pela Maternidade Lucrécia Paim, em Luanda, Angola, e é “destinado a cinco mil mulheres” grávidas, que deverão receber “mensagens de texto, para eventuais sinais de risco”, referem os serviços de comunicação da Fundação Calouste Gulbenkian, instituição sediada em Lisboa, que apoia esta iniciativa.
Através deste projeto, pretende-se “contribuir para a redução das mortes maternas e neonatais que podem ser evitadas com a melhoria do acompanhamento pré-natal e informação que permita às grávidas identificar atempadamente sinais de risco”, adianta a Gulbenkian. A ação “SMS Mamãs” vai ser levada a cabo por uma “empresa angolana que garante o desenvolvimento tecnológico necessário e que se destaca no desenvolvimento de soluções inovadoras no setor da saúde em Angola”.
Segundo a Gulbenkian, este “sistema de reforço da informação/educação para a saúde, através de SMS dirigidos a mulheres grávidas, tem vindo a provar bons resultados na África do Sul e no Uganda”, e agora espera-se que o mesmo possa vir a acontecer em Angola, onde as estatísticas “apontam para 241 mortes maternas por 100.000 nados vivos, números agravados pela pandemia da covid-19, que veio dificultar ainda mais o acesso aos cuidados de saúde”. Depois de iniciar na Maternidade Lucrécia Paim, a iniciativa “pode vir a expandir-se a toda a província de Luanda, a breve prazo”, destaca a Gulbenkian.