A Guiné-Bissau viveu momentos de sobressalto no primeiro dia de fevereiro, quando homens armados tentaram invadir as instalações do Palácio do Governo, onde decorria uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros. A reunião, dirigida por Umaro Sissoco Embaló, presidente da República da Guiné-Bissau, contava também com a participação do primeiro-ministro e de outros elementos do governo daquele país africano.
Durante a invasão ao Palácio do Governo da Guiné-Bissau, os disparos de armas automáticas puderam ser escutados nas proximidades daquele edifício, levando à ativação do alarme, dando origem a momentos de pânico, e resultando no fecho de escolas, mercados, e administração.
Observadores afirmam que a invasão decorreu perante rumores sobre a possível morte ou pedido de demissão de Biaguê Nantam, Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, que se encontra em tratamento médico no exterior, e surge no seguimento de uma remodelação governamental que não terá sido do contentamento dos partidos da coligação que sustentam o governo.
De acordo com órgãos de comunicação locais, ocorreram mortes nas forças de segurança da presidência, e houve quatro feridos que deram entrada no Hospital Nacional Simão Mendes. A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, e António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), já condenaram a tentativa de golpe, informam os serviços de comunicação da ONU, em colaboração com Amatijane Candé, da TV Nacional Guiné-Bissau.