As fortes chuvas dos últimos dias no Equador têm colocado todo o país da América do Sul numa situação de grande dificuldade. “A situação no Equador é preocupante. A vulnerabilidade das pessoas em todas as partes do país aumentou. Em áreas desprotegidas em particular, houve graves inundações, perda de vidas humanas e materiais. A isto soma-se o derramamento de petróleo na região amazónica e a crise carcerária”, enumerou Marina Aguilar, religiosa e diretora nacional das Obras Missionárias Pontifícias no Equador.
Atualmente registam-se no país 26 mortos, nove desaparecidos, e acredita-se que muitas vítimas ainda estejam sob a lama, que “atingiu uma altura de dois metros”, disse Marina Aguilar, citada pelos serviços de comunicação do Vaticano, alertando para o caso de tantas famílias que “ficaram desalojadas”. Segundo a religiosa, outra das dificuldades atuais é “poder chegar às áreas afetadas com meios para sustentar as famílias que perderam tudo”.
Numa tentativa de ajudar as vítimas da catástrofe provocada por chuvas contínuas e intensas, os membros das Obras Missionárias Pontifícias no Equador estão a “dar apoio concreto às famílias afetadas”, assim como às equipas de resgate e limpeza. “Estamos a fornecer alimentos para as pessoas que estão a trabalhar nas operações de resgate e na limpeza dos escombros”, disse a irmã Marina.
Os responsáveis pelas Obras Missionárias Pontifícias daquele país lançaram já uma campanha de oração e angariação de bens para apoiar as vítimas das cheias. Em comunicado, a Conferência Episcopal do Equador (CEE) e a Cáritas do Equador referem que esta é uma situação dramática, e agradecem a todas as pessoas de boa vontade, que “trabalham nestas horas incansavelmente e sem grandes recursos”.