Fazer contas à vida está muito para lá dos cálculos financeiros e contabilísticos, pois não são os lucros ou os prejuízos que nos movem, mas sim a caridade! Assim, tem maior importância a avaliação do serviço prestado, do bem realizado, da esperança devolvida, da mudança provocada na vida dos outros. De facto, os números que mais interessam são os dos sorrisos rasgados, os olhares meigos, as mãos agradecidas, afetos que nem esta pandemia conseguiu infetar. Nesse sentido, o saldo foi muito positivo! A calculadora não tem dígitos suficientes para indicar o resultado. Estamos de coração cheio, emocionados com o que conseguimos conquistar, felizes com o somatório de todas as ações, uma dízima infinita do amor partilhado!
O fundador dos Missionários e Missionárias da Consolata, o beato José Allamano, ensinou que “o bem não faz barulho”, e, assim, agradecemos silenciosamente a quem nos apoiou, dando suporte aos projetos, de tantas maneiras, e projetamos o futuro, com energia renovada, responsabilidade acrescida e motivação extra. Queremos continuar a crescer, valorizando o que já fazemos e melhorando em tudo o que estiver ao nosso alcance.
Esperamos que em 2022 a pandemia passe a ser uma realidade menos inibidora nas nossas vidas, permitindo realizar encontros e promover ações para o bem de todos. Queremos chegar a mais pessoas e ser agentes de esperança para uma vida mais digna e justa, ser consolação para todos, procurando “fazer o bem bem feito”, como dizia José Allamano.
O projeto de acolhimento e integração de refugiados, designado “De alma… e coração!”, continuará a ser o nosso foco principal. Continuaremos também a apoiar diversas famílias carenciadas com um cabaz mensal
de alimentos e apoio social de todas as formas que nos for possível. Estamos ainda a desenvolver outros projetos e ações que iremos partilhar com todos os leitores.
Contamos com todos os que se quiserem associar à nossa caminhada, porque juntos somos mais fortes e conseguimos chegar mais longe. Concluimos recordando as palavras do Papa Francisco – “Seremos julgados com base no amor. O julgamento será sobre o amor. Não sobre os sentimentos, não: seremos julgados sobre as obras, sobre a compaixão que se torna proximidade e ajuda atenciosa.”
Texto: José Miranda, membro da direção da Fundação Allamano