José Ornelas, o novo bispo da diocese de Leiria-Fátima, presidiu, pela primeira vez, no Santuário de Fátima, na manhã deste domingo, 20 de março. Entre outros, a Eucaristia foi concelebrada pelos bispos eméritos de Leira-Fátima – António Marto e Serafim Ferreira da Silva. O novo bispo de Leiria-Fátima cumprimentou os dois bispos eméritos, o administrador diocesano de Setúbal, eleito depois da sua saída, assim como Carlos Cabecinhas, sacerdote o reitor no Santuário de Fátima.
Na Eucaristia, o prelado lembrou que “os eventos de Fátima em 1917 tiveram lugar durante a sangrenta Primeira Guerra Mundial, a revolução russa e uma pandemia com efeitos mais devastadores do que aquela que ainda condiciona as nossas vidas”. “Maria, a Senhora de rosto resplandecente, traz a misericórdia de Deus a um mundo com muitas semelhanças àquele em que vivemos. Ela não é estratega militar, não fala para comités internacionais e dirige-se a três crianças que sofrem as consequências, não apenas da situação geral do planeta, mas igualmente do pobre estado do país, que nem lhes permitia acesso ao ensino”, lamentou José Ornelas.
“Perante a loucura dramática da guerra, a Mãe Maria, dedica a sua atenção e carinho a estas crianças simples e iletradas”, adiantou o bispo, recordando que Nossa Senhora “não lhes esconde o horror da guerra, mas infunde-lhes uma coragem superior à sua idade, para vencerem o medo, com a confiança na força e no carinho de Deus, cujo coração se encontra ferido pelo horror e a perversão da humanidade”.
“Maria, Mãe e modelo da Igreja, pode ser vista nos milhares de mães que estão a sair da Ucrânia com as suas crianças e os seus idosos. Ela sabe o que é fugir da fúria dos tiranos, ser refugiada, depender da boa vontade de gente desconhecida, para proteger o seu Menino, o seu tesouro, a esperança de um futuro melhor”, disse o prelado, citado pelo Santuário de Fátima, perante aqueles que o escutavam na Basílica da Santíssima Trindade, e também à distância, através das plataformas digitais.