Há “pelo menos 2 biliões de pessoas sem acesso a água tratada no mundo ou que vivem em países com escassez de água”, alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS), adiantando que em países de baixos e médios rendimentos, “morrem por ano cerca de 830 mil pessoas em decorrência de doenças diarreicas contraídas pela falta de água potável, saneamento precário e correta higiene das mãos”.
De acordo com esta agência da Organização das Nações Unidas (ONU), as mais atingidas por este problema “são crianças com menos de cinco anos de idade” – “A cada ano, as mortes de 297 mil delas poderiam ser evitadas com sistemas de água e saneamento adequados” – refere o organismo.
Carol Devine, conselheira para assuntos humanitários e líder de inteligência climática dos Médicos Sem Fronteiras (MSF), afirma que “existe uma inter-relação entre a baixa qualidade e escassez de água e conflitos e deslocação de pessoas”. É ainda possível verificar que “após inundações, há maior risco das pessoas contraírem doenças transmitidas pela água, como diarreia, infeções bacterianas e cólera, assim como dengue”, enumerou a responsável, a propósito do Dia Mundial da Água, celebrado na última terça-feira, 22 de março.