Quarenta e cinco por cento das pessoas que vivem na Ucrânia preocupam-se em conseguir ter o suficiente para se alimentarem, indica o Programa Mundial de Alimentos (PMA), adiantando que a alimentação está entre as principais preocupações dos ucranianos, assim como a segurança e o acesso a combustíveis.

Com o objetivo de ajudar esta população, o PMA encontra-se a reunir “mantimentos suficientes para alimentar 3 milhões de pessoas no país durante um mês”, referem os serviços de comunicação das Nações Unidas. A agência da ONU estima que “um entre cinco habitantes já está reduziu o tamanho ou o número de refeições, além de adultos que estão a deixar de comer para poder alimentar as crianças”. As Nações Unidas referem que a “cadeia alimentar do país está quebrada, com camiões e comboios destruídos, aeroportos bombardeados, pontes caídas, supermercados vazios e depósitos sem mantimentos”.

Mariupol em situação preocupante

Os profissionais do Programa Mundial de Alimentos afirmam estar especialmente preocupados com as “famílias em áreas de combate, especialmente em Mariupol, que estão a ter ainda mais problemas para encontrar comida”, com as reservas de água e de alimentos da cidade a acabar, sendo que “nenhum tipo de ajuda humanitária tem sido permitida desde o início do conflito, a 24 de fevereiro”.

Cidades como Kharkiv, Kyiv, Odessa, Dnipro e Sumy “estão parcialmente sitiadas, mas podem ser alcançadas por transportes comerciais”. O primeiro comboio com ajudas de diversas agências a alcançar Sumy com “130 toneladas métricas de refeições prontas e alimentos enlatados, provisões médicas e água potável para 35 mil pessoas, chegou no dia 18 de março”.

Em Kharkiv, o PMA “já forneceu 133 toneladas de pão fresco, o equivalente a 250 mil unidades de pão”. A agência das Nações Unidas encontra-se ainda a preparar alimentação para a população de Dnipro, Vinnytsia e Kirovohrad. Em Lviv, a agência da ONU procedeu à distribuição de cupões alimentares para mil pessoas, como parte de um programa piloto, que pode ser possível nas áreas onde o comércio está aberto.