Após uma interrupção de dois anos devido à pandemia da covid-19, o Papa Francisco regressa na Semana Santa deste ano ao Coliseu de Roma, em Itália, para presidir à via-sacra de sexta-feira santa, assinalada a 15 de abril, com início previsto às 20h15 (hora de Lisboa). O exercício espiritual é habitualmente acompanhado por dezenas de milhares de peregrinos, de vela na mão.
Este ano, as meditações foram escritas por 15 famílias, que também vão transportar a cruz, no Coliseu de Roma. Entre as famílias está um casal de jovens esposos, uma família em missão, esposos idosos sem filhos, uma família numerosa e outra com um filho portador de deficiência, uma família onde o pai está doente, um casal de avós, uma família adotiva, uma viúva com filhos, uma família que perdeu uma filha e outra com um filho consagrado, uma família migrante, outra ucraniana e ainda uma outra russa.
A meditação da 13ª estação faz referência aos efeitos da guerra. “A morte em redor. A vida que parece perder valor. Tudo muda em poucos segundos. A existência, os dias, brincar com a neve de inverno, ir buscar os filhos à escola, o trabalho, os abraços, as amizades… tudo. Inesperadamente tudo perde valor”, lê-se. Por sua vez, a reflexão da 14ª estação é dedicada aos que sobrevivem aos conflitos. “É difícil para uma família ter que escolher entre os seus sonhos e a liberdade. Entre os desejos e a sobrevivência. Estamos aqui depois de viagens em que vimos morrer mulheres e crianças, amigos, irmãos e irmãs. Estamos aqui, sobreviventes”, refere a meditação deste exercício espiritual, que recorda os últimos passos de Cristo na terra.