O Encontro Mundial das Famílias (EMF) que acontecerá em Roma de 22 a 26 de junho de 2022 tem como o tema “Amor em família: vocação e caminho da santidade”. Desta forma, o Papa Francisco recorda-nos que a vocação à santidade é uma meta possível para todos, “cada um pelo seu caminho”. É possível viver a santidade na simplicidade da vida quotidiana. O evento, inicialmente previsto para 2021, será realizado de “forma inédita e multicêntrica”, com iniciativas globais nas dioceses do mundo inteiro.
O EMF acontece a cada três anos, com três características: a oração, a catequese e a festa. O evento foi iniciado pelo Papa João Paulo II, em 1994, ano em que a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o Ano Internacional da Família. “Por isso mesmo, a Igreja saudou com alegria a iniciativa promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), de fazer de 1994 o Ano Internacional da Família. Tal iniciativa põe em realce o quanto seja fundamental a questão familiar para os Estados que são membros da ONU. Se a Igreja deseja tomar parte nela, fá-lo porque ela mesma foi enviada por Cristo a todas as nações”, escreveu nessa ocasião o Papa João Paulo II, na sua carta às famílias.
“A família nos tempos de hoje, tanto e talvez mais que outras instituições, tem sido posta em questão pelas amplas, profundas e rápidas transformações da sociedade e da cultura. Muitas famílias vivem esta situação na fidelidade àqueles valores que constituem o fundamento do instituto familiar”, lê-se na carta sobre a função da família cristã no mundo de hoje (Familiaris consortio, 1).
A injustiça no mundo provoca muitas dificuldades e sofrimentos nas famílias. Muitas famílias sofrem crises internas, outras estão sujeitas a influências culturais, sociais e económicas terríveis, outras estão impedidas, por variadas situações de injustiça, de realizarem os seus direitos fundamentais, e por fim, algumas famílias, em consequência de situações de guerra e perseguição são obrigadas a fugir e a abandonar as suas casas procurando a segurança e uma vida melhor.
“A Igreja une-se com afetuosa solicitude a quantos vivem tais situações, porque está bem ciente do papel fundamental que a família é chamada a desempenhar. Ela sabe, ainda, que normalmente o homem sai da família para realizar, por sua vez num novo núcleo familiar, a própria vocação de vida”, disse João Paulo II. Que todos se empenhem em salvar e promover os valores e as exigências da família.
Bernard Obiero