O governo de Portugal apelou ao apoio da Igreja Católica no programa de prevenção de fogos, designado ‘Portugal Chama’. Numa carta enviada a José Ornelas, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), os promotores da iniciativa pedem a “atenção e decisiva colaboração da CEP que, através da sua capilaridade local, ao nível das paróquias e igrejas de todo o país, pode contribuir para a prevenção dos incêndios rurais e para que todos tenhamos um verão mais seguro”.
Na mensagem partilhada com os bispos católicos portugueses lê-se que as paróquias “são um local privilegiado de contacto com as populações de todas as regiões do país, sobretudo nas zonas rurais onde deflagram a maior parte dos incêndios”. Para os promotores da iniciativa ‘Portugal Chama’, a maioria dos fogos florestais pode ser evitada, e, por isso, são propostas mensagens-chave que podem ser veiculadas para “salvar vidas, aldeias e património natural”.
“Mais de 98 por cento dos incêndios têm origem humana, sendo que mais de 50 por cento são resultado de fogueiras, queimas e queimadas mal realizadas”, refere o mesmo documento, frisando que os “meios de combate são finitos, por isso a prevenção é a melhor resposta”. “Se conseguirmos reduzir o número de incêndios, que são na sua maioria, causados por negligência ou por fogueiras, queimas e queimadas, realizadas em dias de maior perigo, conseguiremos evitar o pior”, refere o projeto ‘Portugal Chama’.