Os principais desafios do novo governo somali são o conflito de culturas, a emergência causada pela seca e a insegurança. A crise humanitária aumenta de dia para dia. Calcula-se que sete milhões de pessoas, cerca de metade da população, vive em situação dramática, provocada por aquela que já é considerada a pior seca dos últimos 40 anos.
Para Sonkor Geyre, um dos maiores exponentes da Comissão para a Consolidação da Paz, a tragédia “é muito visível” em Mogadíscio (capital da Somália), porque “numerosas famílias das zonas rurais estão a invadir as áreas urbanas”.
A seca alimenta a violência e a instabilidade na região afetada pelo terrorismo e pela grave crise do Tigray (Etiópia). O grupo terrorista Al Shabaab espalha o terror e a insegurança, provocando o afluxo massivo de pessoas às cidades, e coloca em risco os tímidos passos para a paz e desenvolvimento dos últimos anos.
Texto: Elísio Assunção