No próximo ano, Lisboa irá acolher a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Portugal foi o país escolhido pelo Santo Padre para a realização deste evento dedicado aos jovens católicos. A JMJ é o encontro de jovens, provenientes de diferentes pontos do mundo, com o Papa e, tem como finalidade promover a evangelização, a partilha de testemunhos de fé, e fortalecer a relação com Jesus Cristo.
Foi o Papa João Paulo II – o Papa da juventude, como era conhecido – que instituiu a Jornada Mundial da Juventude. A JMJ 2023 irá decorrer em Lisboa, de 1 até 6 de agosto, contando com uma semana de diversas iniciativas, nomeadamente celebrações com a presença do Papa – a cerimónia de abertura, a vigília e a missa de envio.
A organização religiosa responsável pela preparação do evento é o Patriarcado de Lisboa. A imagem que identifica o encontro é o logótipo, que mostra a cruz ao centro, bem como o rosto de Maria, um terço, e um caminho, onde aparece uma língua de fogo, simbolizando o Espírito Santo. As cores do logótipo – verde, vermelho, amarelo – remetem para a bandeira nacional portuguesa.
Como qualquer movimento, a JMJ também é portadora de símbolos que a identificam – a cruz peregrina e um quadro com o retrato de Nossa Senhora Salus Populi Romani, que simboliza a presença de Maria com o Menino nos seus braços. Os símbolos têm a finalidade de anunciar a realização da JMJ. Por isso, nos meses que antecedem a jornada, peregrinam por todo o país onde a jornada se irá realizar. Os símbolos são recebidos pela comunidade local, e em particular pelos jovens, com grande entusiasmo e devoção, realizando-se vigílias de adoração, celebrações e eucaristias, como forma de acolhimento e meio de evangelização.
Associado à JMJ, também está um hino, sendo a sua composição da responsabilidade do país que acolhe o evento, e estando a letra interligada com o tema do evento, designadamente – “Maria levantou-se e partiu apressadamente”. O hino da JMJ 2023 intitula-se “Há pressa no ar”, e faz alusão ao “Sim” de Maria. Em todas as estrofes, existe um paralelismo com a passagem bíblica da visitação de Maria à sua prima Isabel. Para ajudar na preparação da jornada, o Patriarcado de Lisboa conta com o auxílio das 21 dioceses, que agregam 4.380 paróquias.
“Participei na JMJ 2016, em Cracóvia, e, de facto, é extraordinário encontrar uma grande multidão, que numa parcela de terreno concentra a Igreja, que está dispersa por todo o mundo, e ali está unida a rezar com o Papa. É uma experiência de encontro com Jesus na eucaristia, e com a jornada, consegui compreender melhor o sentido de Igreja. Também me marcou uma frase que o Papa citou – ‘O cristão que não vive para servir, não serve para viver’. Na minha perspetiva, a JMJ 2023 irá ser uma quebra no isolamento da relação humana e divina, fomentando a experiência profunda do encontro com Cristo, apesar das dificuldades e atentados às relações humanas que atualmente presenciamos. Maria é a imagem da igreja. Espero que no regresso a casa, os jovens, ‘apressadamente’, também partilhem a experiência do encontro em Cristo, como uma verdadeira igreja”, refere Dany Gil.
Texto: Andreia Bernardo