Mais de 27 milhões de crianças estão sob risco de sofrer com enchentes devastadoras em todo o mundo, enfrentando o perigo de afogamento, surtos de doenças, falta de água potável, desnutrição, abandono escolar e violência, identificou Paloma Escudero, responsável pela delegação do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) para a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 27), que está a decorrer atualmente, no Egito.
A responsável lembrou as cheias em países como o Paquistão, Malawi e Sudão do Sul, para sublinhar que o mundo “está a observar níveis sem precedentes de enchentes este ano e, com isso, uma explosão de ameaças às crianças”. A UNICEF defende um conjunto de medidas imediatas para “proteger as crianças da devastação do clima, adaptando os serviços sociais críticos de que elas dependem”.
A agência das Nações Unidas pede a governos e grandes empresas para baixarem rapidamente as emissões, e apela à criação de sistemas de água, saúde e educação sobre resiliência às inundações e secas. A UNICEF pede ainda apoio para as populações que irão enfrentar perdas e danos climáticos, e meios para que as comunidades se possam adaptar da melhor forma a eventuais consequências de catástrofes naturais. O Fundo das Nações Unidas para a Infância apela ainda a maiores progressos na educação no campo das alterações climáticas, e pede para que seja acelerado o investimento em serviços sociais resistentes ao clima.