O Hospital Agostinho Neto, localizado em Cabo Verde, conta agora com um laboratório de biologia molecular, “implementado ao abrigo do apoio da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) ao desenvolvimento e consolidação das carreiras científicas de jovens investigadores na área das ciências da saúde nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP)”, explica a própria fundação sediada em Lisboa, em comunicado.
“Este tem sido um dos projetos apoiados pela Fundação Calouste Gulbenkian com o objetivo de promover não só uma maior liderança dos PALOP nas áreas científicas, mas também das suas agendas de investigação, com vista a uma maior autonomia no diagnóstico e tratamento da doença oncológica”, adianta a FCG.
Dados do Hospital Agostinho Neto mostram que o “cancro de mama foi o mais diagnosticado (27,8 por cento) entre 2019 e 2021 e, na maioria dos casos, o diagnóstico só foi feito já o cancro se encontrava em estádio avançado, comprometendo a taxa de sobrevivência dos pacientes”. Neste contexto, a criação do laboratório de biologia molecular “vem reforçar a capacidade de resposta de Cabo Verde em questões de diagnóstico precoce, diminuir o estágio da doença sintomática e apoiar nas decisões terapêuticas eficientes”, refere a Gulbenkian. O laboratório foi inaugurado no passado dia 21 de dezembro.