O Papa Francisco entrou em papamóvel no Estádio dos Mártires de Pentecostes, em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo (RDC), onde se encontrou com cerca de 80 mil pessoas que lotaram aquele espaço, nesta quinta-feira, 2 de fevereiro. Na sua intervenção, o Papa alertou para aqueles que exploram as riquezas do país. “Não vos deixeis manipular por indivíduos ou grupos que procuram servir-se de vós para manter o vosso país na espiral da violência e da instabilidade, para continuarem a controlá-lo sem consideração por ninguém”, disse o Santo Padre.
Perante os milhares que o escutavam, o Sumo Pontífice destacou que cada pessoa tem “uma riqueza única, irrepetível e incomparável”. “Para que servem estas minhas mãos? Para construir ou destruir, dar ou reter, amar ou odiar? Vê! Podes apertar a mão e fechá-la, torna-se um punho; ou podes abri-la e colocá-la à disposição de Deus e dos outros. Aqui está a opção fundamental, desde os tempos antigos”, sublinhou, citado pela agência Ecclesia.
Na sua comunicação, o Papa recordou Floribert Bwana Chui, funcionário da alfândega congolesa, morto em 2007, aos 26 anos, em Goma, no leste da RDC, por ter bloqueado a passagem de bens alimentares deteriorados. “Como cristão, rezou, pensou nos outros e escolheu ser honesto, dizendo não à imundície da corrupção. Isto é conservar as mãos limpas, enquanto as mãos, que ganham em tráficos ilícitos, ficam ensanguentadas”, demonstrou Francisco. Nesta sexta-feira, 3, o Papa Francisco está de visita a dos países vizinhos da RDC – o Sudão do Sul.