A via-sacra missionária nos Valinhos de Fátima, inserida da Peregrinação da Família Missionária da Consolata, culminou no Calvário Húngaro, com uma encenação protagonizada por jovens, oriundos de Susão e Baguim do Monte. A encenação inspirou-se no tema da peregrinação, que é também o tema da Jornada Mundial da Juventude (JMJ ) – “Maria levantou-se e partiu apressadamente” – e ganhou forma através de jovens que interpretaram Maria, mãe de Cristo, os cinco continentes do mundo, e os países onde os Missionários e Missionárias da Consolata estão presentes.
Acolher quem procura melhores condições de vida
A encenação foi uma ocasião para pedir para que a Europa se torne “mais acolhedora e solidária para com tantos refugiados que procuram nela consolação e esperança para o futuro”. A referência a África foi um momento para lembrar “quem é perseguido e oprimido por tantas formas de violência”, e para pedir para que os missionários “sejam sempre sementes de consolação e ajudem a matar a fome de justiça e paz”.
Alerta para a “destruição da Amazónia”
A alusão ao continente americano recordou a “corrupção, a contínua destruição da Amazónia, o aumento dos tráficos, sobretudo de droga e de seres humanos que alimentam novas formas de escravidão, causando o crescente empobrecimento das sociedades”, e para pedir para que a Igreja possa “continuar a combater e a curar muitos males que causam dor e sofrimento, sendo para os mais frágeis e discriminados fonte de esperança e consolação”.
Pelo apoio às “muitas minorias étnicas e religiosas”
No que à Ásia diz respeito, a encenação lembrou as “muitas mulheres” daquele continente, que sofrem com uma “vida de submissão, de abusos e violação dos seus direitos fundamentais, quer por razões culturais, quer por razões religiosas e económicas”, pedindo para que a Igreja “continue a apoiar muitas minorias étnicas e religiosas”, especialmente dos que “mais sofrem e nada podem fazer para superar esse sofrimento”.
Em busca de uma “relação harmoniosa com a natureza”
A referência à Oceânia foi uma oportunidade para apelar à “promoção da pessoa no seu todo, sobretudo na preservação das culturas tradicionais e na relação harmoniosa com a natureza, ou seja, com a casa que é partilhada por toda a humanidade”. Após a alusão a cada um dos continentes, os mais novos apresentaram aos peregrinos os mais de 30 países onde os missionários e missionárias da Consolata se encontram presentes, através das máscaras que levavam no rosto, que representavam as bandeiras dos variados países de missão.
Apresentação de missionários
Depois da encenação dos jovens, Bernard Obiero, conselheiro da Região Europa dos Missionários da Consolata, procedeu à apresentação de três missionários: Augusto Faustino, sacerdote moçambicano, Delphinus Kalatunga, diácono tanzaniano, e Nicolas Betino, sacerdote queniano. A peregrinação prossegue durante a tarde com a celebração eucarística na Basílica da Santíssima Trindade, e com a saudação e consagração a Nossa Senhora de Fátima, na Capelinha das Aparições.