Os terremotos na Turquia deixaram uma linha de 100 quilómetros quadrados de entulho, maior que a ilha de Manhattan, de acordo com cálculos do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O peso dos destroços varia entre os 116 e 210 milhões de toneladas.
O atual desafio envolve limpar uma área de dez por dez quilómetros, coberta por destroços empilhados com um metro de altura. No último fim de semana, o PNUD e outros parceiros começaram a remover mais de dez milhões de toneladas de destroços em Alepo, na Síria. A retirada de entulho é urgente para que seja possível distribuir alimentos, água e outros bens essenciais, e também para que o regresso às atividades sociais e económicas possa acontecer.
Na Síria, uma equipa de especialistas já inspecionou mais de 1 milhão de edifícios. Estima-se que existam danos ou destruição total de 156 mil prédios. “Os que não caíram com os sismos terão de ser demolidos por questões de segurança”, referem os serviços de comunicação das Nações Unidas, adiantando que “milhares de pessoas dormem ao relento ou em abrigos coletivos num inverno rigoroso”.
A Organização das Nações Unidas (ONU) tem enviado dezenas de camiões com alimentos, abrigo, produtos de higiene e outros itens essenciais para milhares de pessoas, tanto na Turquia como na Síria. Um total de 53 veículos atravessou já solo turco para o noroeste da Síria com doações do Programa Mundial de Alimentos (PMA), da Organização Internacional para Migrações (OIM), e do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).