O que é que tens feito para transformar ou deixar o mundo melhor? Esta edição da revista apresenta as experiências das pessoas que estão ao serviço de outros povos, em Moçambique, Essuatíni e outros cantos do mundo. São os testemunhos de missionários em saídas constantes para ir às periferias. Relatamos as histórias ricas de homens que cultivam relações de proximidade com os povos nas várias situações humanas.
Algum escuteiro se recorda de uma das frases mais emblemáticas do Baden Powell? “O melhor meio para alcançar a felicidade é contribuir para a felicidade dos outros. Procurai deixar o mundo um pouco melhor do que o encontrastes e quando vos chegar a vez de morrer, podeis morrer felizes sentindo que ao menos não desperdiçastes o tempo e fizestes todo o possível por praticar o bem”, escreveu o fundador do escutismo, na sua última mensagem.
Existem várias personalidades marcantes dos mais diversos setores da sociedade, figuras religiosas, políticas, cientistas, economistas, empresárias, camponesas e muitos homens e mulheres de culto. A missão da Igreja no mundo consiste em ajudar cada ser humano a descobrir o sentido da sua existência, a promover o humanismo integral e a contribuir para a prosperidade e a harmonia. Um cristão anuncia o Evangelho com o testemunho de vida radicado em Cristo e vivido no quotidiano, na família, no trabalho e no exercício das responsabilidades sociais, económicas e políticas.
Não é apenas começar algo novo que faz de nós “construtores”. Também devemos cuidar e melhorar ou transformar aquilo que já existe. Ao fazer assim, tornamo-nos construtores de um mundo melhor. Pois, “aquilo que foi é aquilo que será; aquilo que foi feito há de voltar a fazer-se: e nada há de novo debaixo do sol!” (Eclesiastes 1,9). Todo o bem que fazemos, o profundo desejo de mudar e transmitir os valores torna o mundo melhor. O mal que fazemos, os conflitos que alimentamos, o individualismo ou o desinteresse pelo bem comum torna o mundo pior para todos.
Enquanto promovemos o bem comum com vista a um mundo melhor, não podemos silenciar vários elementos da pobreza humana, violência, exploração, discriminação, abusos e todos os tipos de injustiça social. Trabalhar juntos por um mundo melhor exige o encontro com o outro e requer a colaboração mútua entre os povos. As ameaças globais exigem a nossa união e a nossa solidariedade.