Moçambique e Portugal lançaram um programa de reflorestação de mangal e de recolha de plásticos no norte da costa moçambicana. Com o nome Proteção da Biodiversidade Costeira (Probico), o projeto “garante o reflorestamento com 300 mil mudas de mangal” em dez comunidades do distrito de Mogincual, na província de Nampula, e “vai contribuir para que menos plástico termine no mar, através de recolha a montante”, explicou Ivete Maibaze, ministra da Terra e Ambiente, citada pela agência Lusa.
A iniciativa assume especial importância, uma vez que o mangal é uma das espécies arbóreas que segura os terrenos e contém a erosão costeira. Moçambique produz cerca de 4,2 milhões de toneladas de resíduos sólidos por ano. “Desta quantidade, 30 por cento é produzida nas zonas urbanas, composta na sua maioria por matéria inorgânica que inclui metal, plástico, papel e papelão, vidro, material eletrônico, baterias entre outros”, disse Ivete Maibaze.
Atualmente, as autoridades moçambicanas encontram-se a proceder à identificação, “a nível nacional”, de artesãos para a “produção de sacolas ecológicas e de outros materiais biodegradáveis, uma medida que tem estado a permitir a colocação, no mercado, de soluções alternativas à proliferação de saco plásticos”, adiantou a ministra. O Probico é uma iniciativa conjunta entre os governos de Moçambique e de Portugal, através do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua e da Associação de Educação de Jovens e Adultos de Nampula (Asejana).