Mais de 108,4 milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas no último ano, um número recorde registado pelo Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
No passado mês de maio, o número daqueles que se viram obrigados a deixar as suas casas chegou aos 110 milhões, sobretudo devido à grande quantidade de pessoas que fugiram do conflito no Sudão, indicam dados do relatório “Tendências globais da deslocação forçada”, divulgado neste mês de junho.
Luiz Fernando Godinho, assessor de comunicação do ACNUR nas Américas, explica que as pessoas fogem das suas casas devido à guerra, instabilidade política, pobreza e efeitos das alterações climáticas. Face às crises humanitárias existentes, o responsável afirma que é necessária uma “solução política”.
“Se as causas pelas quais esses deslocamentos acontecem não são enfrentadas, nós vamos continuar a reportar, infelizmente, um número cada vez maior de pessoas refugiadas no mundo”, lamentou o responsável, citado pelos serviços de comunicação da Organização das Nações Unidas.