O Curso de Missiologia está a aproximar-se do final. Ao longo desta semana, dezenas de pessoas de nacionalidades muito variadas, participaram em Fátima numa formação que visa qualificar o missionário e a missão, e que contou com o contributo de formadores como António Couto, bispo de Lamego, Pedro Correia, doutorando em História Moderna, Diana de Vallescar Palanca, doutora em Filosofia, e José Cordeiro, arcebispo de Braga.
Coube a Alexandre Duarte, professor de Teologia, orientar os trabalhos da última quinta-feira, 24 de agosto, numa intervenção dedicada ao tema “Jovens e missão: Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e depois?” A propósito deste evento dinamizado pela Igreja Católica em Portugal, Alexandre Duarte alertou para a importância de planear o que se segue após este acontecimento.
“Houve uma explosão de alegria com a JMJ. E agora? O que fazemos com aquilo que já se passou? Será que a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) emitiu um documento para o pós-jornada para ser aplicado nas diferentes dioceses? O que é que nós podemos fazer? É essa a dúvida…”, questionou o professor do ensino superior, deixando de seguida um alerta.
“A Igreja não pode ser uma Igreja de eventos, porque os eventos são uma ‘respiração artificial’. E o resto do tempo? Quando não há eventos? Como é que é o dia a dia? Uma Igreja só centrada nos eventos é uma Igreja que não tem futuro”, afirmou o especialista, destacando que considera que a JMJ é uma ocasião “para evangelizar”. O Curso de Missiologia chega ao fim este sábado, 26 de agosto, depois de ter iniciado na passada segunda-feira, dia 21, com o tema “Corações ardentes, pés ao caminho”.