Depois de um violento ataque à comunidade cristã da cidade de Jaranwala, no Paquistão, no passado mês de agosto, está atualmente em curso uma campanha de angariação de fundos em prol daquela população. Os atos de violência geraram danos em mais de 20 igrejas e em centenas de casas de cristãos.
“Milhares de cristãos tiveram de abandonar as suas casas. No dia seguinte, os poucos que regressaram, ainda cheios de medo, mas desesperados à procura de comida, ficaram horrorizados com a extensão dos danos causados. Encontraram tudo destruído. Tudo. Nem uma lâmpada foi poupada”, descreve Catarina Martins de Bettencourt, diretora da fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), numa carta destinada a milhares de benfeitores e amigos da instituição em Portugal.
“Muitos não têm para onde ir, dormem no chão, sem luz elétrica, sem nada para cozinhar… A situação é dramática”, refere a responsável, que explica que a violência cometida contra aquela comunidade cristã começou por causa de uma alegada acusação de blasfémia contra um empregado de limpeza cristão. “Alguém disse que ele tinha rasgado umas folhas do Corão e isso bastou para que uma multidão saísse às ruas carregada de ódio”, lamenta. O ataque ocorreu no passado dia 16 de agosto.