Os responsáveis pela confederação internacional da Cáritas pedem à União Europeia e à Organização das Nações Unidas (ONU) para assegurarem a proteção das pessoas e garantirem o aumento da resposta humanitária para a população que sai da região de Nagorno-Karabakh, localizada na fronteira entre a Arménia e o Azerbaijão, onde se assiste à saída de mais de 60 mil arménios, após um bloqueio de nove meses e de uma intervenção militar ao longo da fronteira na última semana.
“Dada a grande escassez de alimentos e a falta de acesso à eletricidade e à água no Nagorno-Karabakh, é crucial permitir plenamente o acesso humanitário rápido e sem entraves e a liberdade de circulação dentro e fora do Nagorno-Karabakh”, apela a confederação internacional da Cáritas e a Cáritas Europa.
Gagik Tarasyan, responsável pela Cáritas Arménia, pede uma “resposta rápida e eficaz” à população que se desloca de Nagorno-Karabakh, que passa pelo “atenção e financiamento” dos agentes humanitários locais, com capacidade para dar resposta às urgências. Segundo Maria Nyman, secretária-geral da Cáritas Europa, os “membros da Cáritas Europa começaram imediatamente a mobilizar fundos e estão regularmente em comunicação com a Cáritas Arménia para os acompanhar na sua resposta”.
Alistair Dutton, secretário-geral da Cáritas Internationalis, apela à proteção dos que se sentem ameaçados. “As pessoas que fugiram da crise devem receber assistência humanitária. A proteção das pessoas deslocadas deve ser assegurada e os seus direitos, incluindo os de passagem segura e de liberdade de circulação, devem ser plenamente respeitados. As pessoas devem ser livres de permanecer nas suas casas e as pessoas que fugiram devem ser autorizadas a regressar, se assim o desejarem”, refere o responsável, num comunicado citado pela agência Ecclesia.