A via-sacra é um exercício espiritual que recorda os últimos passos de Cristo na terra, e nos Valinhos de Fátima, esta experiência decorre num contacto muito próximo com a natureza. Coube a José Matias, sacerdote missionário da Consolata, conduzir este momento da Peregrinação da Consolata. Os cânticos deste exercício espiritual foram entoados por jovens de Figueiró dos Vinhos, e cada uma das estações foi encenada por jovens de Ribeirão.
As meditações da via-sacra foram uma ocasião para ter presente as “tantas pessoas” que “sofrem vítimas de conflitos armados, fome, catástrofes naturais, doenças, depressões, desemprego, abandono e solidão”. “Não falta quem precise de apoio, quem precise de ser escutado, quem precise de uma palavra amiga, quem precise de ser consolado, pois é difícil conservar a esperança no meio de tanto sofrimento”, referiu-se esta manhã em Fátima.
A via-sacra missionária recordou os povos em sofrimento na Palestina, em Nagorno-Karabah, Ucrânia, Síria e Iémen. Este exercício espiritual pelos Valinhos de Fátima lembrou também as pessoas que vivem sem abrigo, assim como “todas as mães que suportam a solidão, desprezadas pelos seus filhos, ou que são largadas em lares, sem visitas, sofrendo a ausência dos seus filhos e dos netos”.
Este momento foi uma ocasião para suscitar entre os peregrinos reflexões variadas. “Somos chamados a ser presença acolhedora, aliviando aqueles que, assim como Jesus, caem uma e outra vez, com gestos de compaixão e palavras de encorajamento”, proferiu-se em Fátima. “Olhemos à nossa volta, sejamos cristãos atentos aos que cruzam o nosso caminho e saibamos responder com amor e consolação”, suplicou-se.