O Encontro Nacional de Voluntários dos Missionários da Consolata chega ao fim este domingo, 18 de fevereiro, depois de ter iniciado ao final da tarde de sábado, dia 17, logo após a conclusão da 34.ª Peregrinação da Família Missionária da Consolata a Fátima. Segundo Antony Malila, sacerdote Missionário da Consolata envolvido na organização deste encontro, esta atividade apresenta um conjunto variado de propósitos.
“O encontro é uma ocasião para a partilha de experiências, medos, dúvidas e para fazer os jovens sonhar com a missão. A maioria dos voluntários vai pela primeira vez para o continente africano no próximo mês de agosto, e, por isso, têm alguns receios e preconceitos a desfazer. É importante ouvir quem já esteve em missão, e por isso, antigos voluntários estão disponíveis para contar as suas histórias”, explicou Antony Malila, em declarações à FÁTIMA MISSIONÁRIA.
A iniciativa prevê também a intervenção de Gianni Treglia, superior provincial dos Missionários da Consolata, assim como de outros religiosos da congregação, de forma a “dar a conhecer melhor o trabalho da Consolata no mundo aos jovens voluntários, alguns deles não católicos”. De acordo com Antony Malila, há quase 50 voluntários para partir em missão no próximo verão, com idades compreendidas entre os 18 e os 50 anos, naturais de regiões como Lisboa, Porto, Fátima e Bragança. “A maior parte deles são estudantes ou jovens em início de carreira”, refere o missionário.
A partir do Porto, os Missionários da Consolata estão a preparar dois grupos para ir em missão. Sete jovens que integraram um grupo de voluntários que partiu para o Uganda em 2017, vão este ano fazer voluntariado em Oudja, em Marrocos, ao longo de duas semanas do próximo mês de agosto. Todos os restantes grupos ficarão em missão todo o mês de agosto. Os voluntários em Marrocos terão a missão de “melhorar as instalações de acolhimento aos refugiados”.
Outros dez voluntários, também do Norte de Portugal, vão em missão para Empada, na Guiné-Bissau, onde deverão contribuir para a reabilitação de jardins de infância. De Lisboa, vão partir 18 voluntários para Moçambique. Uma parte do grupo irá para Massinda, e outra parte para Funhalouro, onde deverão atuar nas áreas da educação e da saúde. De Fátima e Mira de Aire há oito voluntários que decidiram dar uma resposta ao desafio de Diamantino Antunes, bispo de Tete, e que têm agora como missão reconstruir e equipar a creche de Boroma, que acolhe cerca de 100 crianças com idades entre três e os cinco anos.
Antony Malila explica que atualmente todos estes voluntários se encontram a realizar “angariações de fundos para depois comprar nos países de missão materiais que possam contribuir para melhorar a qualidade de vida da população, ao mesmo tempo que se dinamiza o comércio e se apoiam os vendedores locais”. O sacerdote destaca que a formação dos voluntários está a decorrer, sobretudo, nas comunidades onde estão inseridos, e que durante as atividades de voluntariado “serão sempre acompanhados por pessoas com experiência de missão”.