A 11ª edição do Workshop Internacional de Turismo Religioso decorre até esta sexta-feira, 23 de fevereiro, depois de ter iniciado no dia anterior, 22. A sessão de abertura do encontro, na Cova da Iria, contou com a intervenção de Carlos Cabecinhas, sacerdote e reitor no Santuário de Fátima, que deu destaque à escolha do local para a realização do evento.
“A escolha de Fátima para a realização desta iniciativa voltada para o turismo religioso é não só o reconhecimento de Fátima como o mais importante destino turístico religioso português, mas tem servido também para promover este destino”, disse, lembrando depois o impacto da política no setor. “O atual momento político, em Portugal, com a proximidade de eleições legislativas, com as inevitáveis mudanças que trará, provoca sempre alguma incerteza”, referiu o sacerdote, que depois manifestou o desejo de que o turismo religioso, “independentemente da solução governativa, continue a receber do poder político a merecida atenção”.
O responsável fez depois referência aos conflitos no mundo. “Não podemos igualmente ignorar o contexto internacional e as ameaças à paz, que condicionam necessariamente o turismo”, afirmou, sublinhando que a paz “é desígnio maior que não podemos ignorar e o sofrimento das vítimas não nos deixa indiferentes”. “Praticamente a dois anos do início da guerra na Ucrânia e com quase cinco meses de guerra em Israel e Palestina, é fundamental afirmarmos o turismo como instrumento de paz e de concórdia entre povos e nações”, apelou, citado pelos serviços de comunicação do Santuário de Fátima. A Guarda é outras das cidades que acolhe o Workshop Internacional de Turismo Religioso. Este encontro anual junta profissionais da indústria do turismo religioso de diversos pontos do mundo. O objetivo é promover o turismo religioso, partilhar conhecimentos e identificar os desafios do setor.