Poluição
Anualmente, são registadas sete milhões de mortes prematuras devido à má qualidade do ar | Foto: EPA / Bin Han

A contaminação do ar e da água, as radiações ultravioletas, o uso de pesticidas, de substâncias químicas e outros fatores de risco ambiental causam a morte a mais de 13 milhões de pessoas por ano. No encerramento da sexta Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEA-6), na última sexta-feira, 1 de março, Maria Neira, diretora do Departamento de Meio Ambiente, Mudanças Climáticas e Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS), alertou para as consequências do ar tóxico.

“Mais de 99 por cento da população no mundo respira um ar que não está a respeitar os níveis recomendados pela Organização Mundial da Saúde. Muitas doenças, como o cancro do pulmão, a asma, outras doenças respiratórias crónicas, e até os enfartes, estão relacionados com essa exposição ao ar tóxico que respiramos”, disse a responsável, em declarações aos serviços de comunicação das Nações Unidas, acrescentando que anualmente se registam sete milhões de mortes prematuras como consequência da má qualidade do ar que se respira.

No último dia da assembleia, que decorreu em Nairobi, no Quénia, foi aprovada uma resolução intitulada “Promover a cooperação regional para melhorar a qualidade do ar globalmente”. A este propósito, Maria Neira referiu que evitar a exposição a fatores de risco provenientes do ambiente tem benefícios para a saúde humana, mas também para “o ambiente, a biodiversidade, os ecossistemas, a sociedade e a economia da nossa sociedade”. A assembleia foi também uma ocasião para negociações para acabar com a poluição provocada por plástico e para tomar decisões relativas ao uso de substâncias químicas.