A FÁTIMA MISSIONÁRIA não publica nenhuma nesta quinta-feira, 14 de março, em solidariedade com a greve geral dos jornalistas portugueses, convocada pelo Sindicato dos Jornalistas. Esta trata-se da primeira greve da classe em Portugal em mais de quatro décadas. O caderno reivindicativo da greve apresenta questões salariais, a par do “fim da precariedade generalizada e fraudulenta no sector, pelo recurso abusivo a recibos verdes e contratos a termo” como alguns dos aspetos mais importantes do que está em causa.
Pede-se também o “cumprimento escrupuloso das leis do Código de Trabalho” e do Contrato Coletivo de Trabalho, bem como a justa remuneração dos estágios obrigatórios e a garantia de condições de produção noticiosa para cumprir “princípios éticos e deontológicos”. “A intervenção do Estado na garantia da sustentabilidade financeira do jornalismo” e a “revisão das estruturas regulatórias da comunicação social e do jornalismo” são outros aspetos referidos no documento, que se pode ler na página do Sindicato dos Jornalistas (SJ).
A greve foi decidida no quinto Congresso de Jornalistas, que teve lugar no passado mês de janeiro, em Lisboa, tendo em conta, entre outras razões, que o “fluxo constante de notícias nas televisões, nos jornais, na rádio, na internet é sustentado por práticas laborais que atropelam os direitos” dos profissionais de comunicação. “É lamentável que, nos 50 anos do 25 de abril, um pilar fundamental da democracia esteja tão ameaçado. Jornalismo precário não é jornalismo livre. Uma democracia não sobrevive sem jornalismo de qualidade”, disse o presidente do SJ, Luís Filipe Simões. As notícias estarão de regresso ao site da FÁTIMA MISSIONÁRIA na sexta-feira, dia 15 de março.