A Sé de Braga volta a ser, esta sexta-feira, 12 de abril, o palco do concerto inaugural do Festival Internacional de Órgão, desta vez dedicado ao canto coral, um já consagrado evento cultural que chega à 10ª edição, e que se desenrola em 12 igrejas da cidade e arredores, até 28 deste mês.
Os dois órgãos de tubos da Sé, que se fazem ouvir através de mais de 3.000 tubos, soarão a partir das 21h30, tocados pelo organista de primeiro plano mundial Daniel Roth, da igreja de Saint Sulpice, em Paris, intervindo também o Grupo de Cantadores da Aldeia Nova de S. Bento, de Serpa, que executarão modas alentejanas de cunho religioso.
Este grupo atuará de novo, logo no dia seguinte, às 10h, no exterior do santuário do Bom Jesus, no monte fronteiro à cidade de Braga. De resto, este sábado é o mais preenchido do festival. De facto, nesse dia, às 16h, atuará o Choeur des Enfants de Versailles, constituído por várias dezenas de jovens dos 13 aos 16 anos, na Capela da Imaculada (edifício onde se encontra o Espaço Vita). À noite, a partir das 21h30, a igreja de S. Lázaro, no centro da cidade, acolhe uma sessão dedicada a Bach e Rodrigo Esteves.
Já neste domingo, à tarde, o concerto a realizar na igreja de S. Marcos será preenchido com obras de compositores bracarenses que frequentaram os seminários de Braga. O Festival incluirá também concertos nas igrejas de Santa Cruz (19), dos Terceiros (20), igreja nova de Prado (20), Basílica dos Congregados (21), igreja de Adaúfe (27) e igreja de Santo Adrião (28). Nesta última, será feito o encerramento, com a 9ª Sinfonia de Beethoven.
Falando na sessão de apresentação deste acontecimento musical, o diretor do festival, José Rodrigues, chamou a atenção para o concerto intitulado “Te Deum” que ocorrerá no dia 26, à noite, na igreja do Pópulo, com música da corte de Luís XIV, pelo organista Frédéric Descamps, e com direção musical de Diogo Costa e participação do Coro e Orquestra do Distrito de Braga.
José Rodrigues disse, na mesma altura, que, desde que este Festival arrancou, o número de órgãos de tubos em funcionamento praticamente duplicou, passando de 11, em 2004, para 21 no ano corrente, havendo ainda perto de 30 para recuperar.
Para o diretor do Festival, tão importante como a recuperação é a formação de novos organistas, o que exige, do seu ponto de vista, que seja delineada uma estratégia nessa dupla direção, mas também, acrescentou ele, para dotar Braga de um “grande auditório público” com um “grande órgão de tubos” e de um museu do órgão e da música.
O Festival é uma organização conjunta da arquidiocese, do município, da Santa Casa da Misericórdia e da Irmandade de Santa Cruz. Na edição de 2023, registou-se a presença de 6.000 pessoas para 11 concertos. Mais informação sobre o programa e cada um dos concertos no site oficial.
Texto redigido por 7Margens, ao abrigo da parceria com a Fátima Missionária.