A missa inaugural da trégua olímpica quer promover a paz, o diálogo e a reconciliação globais. Foto © Jan Jack Russo Media

A promoção da paz, do diálogo e da reconciliação globais estão na base da missa que assinala o início da trégua olímpica e será celebrada esta sexta-feira, 19, em Paris, presidida pelo arcebispo da diocese da capital francesa, Laurent Ulrich. A trégua olímpica é proposta pelas Nações Unidas no período de cada Olimpíada e a que assinala os Jogos que se iniciam no próximo dia 26. Neste caso, a resolução da ONU propõe o lema “Construir um mundo pacífico e melhor por meio do desporto e do ideal Olímpico”.

“Neste momento particularmente sombrio da história, os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Paris são uma oportunidade para a paz”, escreveu recentemente o Papa Francisco ao prefaciar a obra L’anima delle Olimpiadi e delle Paralimpiadi. “A minha esperança é que o desporto olímpico e paralímpico – com as suas histórias emocionantes de mudança de vida e fraternidade, sacrifício e lealdade, espírito de equipa e inclusão – possa ser um canal diplomático original para superar obstáculos aparentemente intransponíveis”, acrescentou.

A trégua olímpica inicia-se esta sexta-feira, 19 de julho, e pretende convidar a um “cessar-fogo global” durante os Jogos Olímpicos. É precisamente nesse mesmo dia que decorre a missa na igreja da Madeleine, em Paris. O bispo de Digne, Emmanuel Gobilliard, representante da Igreja Católica para os Jogos Olímpicos de 2024, estará também presente, juntamente com o núncio apostólico da Santa Sé em França e a equipa organizadora dos Jogos Sagrados, iniciativa da Igreja Católica em França que pretende aproximar o catolicismo do desporto.

Os Jogos Olímpicos de Paris prometem ser históricos pela estreia de novas modalidades – como breakdance e caiaque cross – e também pela cerimónia de abertura inusitada, conforme noticia o Vatican News, portal de notícias do Vaticano: a comissão organizadora optou por organizar o momento de boas-vindas fora dos estádios e as delegações irão desfilar em 140 barcos pelo rio Sena, num percurso de seis quilómetros. Os atletas passarão por pontos importantes da capital francesa como a própria catedral de Notre Dame, cujas obras de recuperação estão a terminar, cinco anos após o incêndio ocorrido em 15 de abril de 2019 que destruiu boa parte da sua estrutura.

As previsões do Comité Olímpico Internacional são de que 1,5 mil milhões de pessoas acompanhem os Jogos Olímpicos em todo o mundo. Neles participarão 10.500 atletas e pela primeira vez na história, o número de atletas mulheres será igual ao dos homens.

Texto redigido por 7Margens, ao abrigo da parceria com a Fátima Missionária.