Em Turim, os jovens conheceram o Santo Sudário, preservado na Sé Catedral | Foto: DR

Doze jovens da região de Fátima, que fazem parte do Pro-Voca, um grupo dinamizado pelos Missionários da Consolata, realizaram ao longo dos últimos meses um conjunto de atividades para reunirem fundos para participarem na peregrinação ‘Allamano’s roots’, que se concentrou sobretudo em Turim, com o objetivo de conhecer a vida e obra de José Allamano, fundador dos Missionários e Missionárias da Consolata, que vai ser reconhecido como santo no dia 20 de outubro.

De 5 a 12 de julho, os jovens pernoitaram na paróquia Maria Speranza Nostra, em Turim, que se encontra sob tutela dos Missionários da Consolata. O grupo de Fátima entrou em contacto com jovens locais, e com eles jogaram futebol, foram ao bowling e a um parque aquático. Um dos momentos que deixou grande parte dos jovens impressionados foi a visita ao Santuário de Nossa Senhora da Consolata, padroeira de Turim. “José Allamano foi reitor neste templo mariano entre 1880 e 1926, ano em que faleceu, e período durante o qual fundou os Missionários da Consolata, em 1901, e as Missionárias da Consolata, em 1910”, destacou Simão Pedro, sacerdote Missionário da Consolata, em declarações à FÁTIMA MISSIONÁRIA, a propósito da deslocação do grupo a Itália.

Acompanhados por quatro animadores, os jovens visitaram o túmulo do beato José Allamano, e o Museu dos Missionários da Consolata em Turim, que dá a conhecer a “presença da Consolata no mundo”, nomeadamente em África e na Amazónia, e que inclui uma “exposição de animais embalsamados”. Numa visita ao centro de Turim, conheceram o estádio da Juventus, e a catedral daquela cidade, onde “observaram uma cópia do santo sudário, uma vez que por motivos de preservação, o original só é exposto em cada ano jubilar. Portanto, no próximo ano será exposto”, destacou Simão Pedro.

A viagem contemplou uma deslocação a Castelnuovo, que, segundo Simão Pedro, “é chamada a terra dos santos por ali terem vivido São José Cafasso, São João Bosco, São Domingos Sávio e José Allamano”. Ali, os jovens visitaram a casa de José Allamano, pernoitaram na casa de São José Cafasso, conheceram o Museu Missionário dos Salesianos, uma das casas onde viveu São João Bosco, e a Igreja de Maria Auxiliadora. A peregrinação envolveu ainda deslocações até espaços que acolhem pessoas com deficiência, uma caminhada recheada de reflexões, e uma visita ao centro de Milão, que incluiu a sua catedral.

Beatriz Freire, de 16 anos, considera que esta peregrinação “tornou o grupo mais unido”. “Gostei muito da ida ao parque aquático e de visitar o Santuário da Consolata e a cidade de Milão. A viagem superou as minhas expetativas, sobretudo Turim, que é uma grande cidade de Itália. Foi uma das melhores experiências da minha vida”. O Santuário da Consolata deixou Rita Prazeres, de 17 anos, maravilhada. “É lindíssimo, extraordinário”, recorda. “Foi uma grande felicidade ir a Turim. Foi uma peregrinação em grupo, que vai ficar para sempre nos nossos corações.” Ângelo Machado, de 16 anos, lembra com especial saudade a visita ao Santuário da Consolata, e também ao estádio da Juventus, que tanto desejava conhecer.

Alexandre Prazeres, de 18 anos, também acredita que a viagem foi uma boa ocasião para fortalecer o grupo. “Acho que saímos desta viagem a conhecermo-nos melhor. Gostei especialmente de visitar os museus em que pudemos ver máscaras indígenas, animais embalsamados, e várias representações de Nossa Senhora e de outros santos. Foi bastante interessante porque assim também pudemos perceber de que maneira é que os santos veem o mundo”.

Para Beatriz Pereira, de 17 anos, o regresso a Fátima foi marcado pela grande saudade de toda a experiência. “Gostei muito de ter visitado a Catedral de Milão. Não estava nada à espera de ter gostado tanto. Agora que voltei para Fátima pensei – ‘Uau! Estive em Itália e tenho saudades de lá estar! Quem me dera voltar a viver aquilo tudo!’” Segundo Simão Pedro, a viagem contou diariamente com momentos de oração, durante os quais “os jovens agradeceram por todos aqueles que deram contributos para que a viagem fosse possível”.