O Serviço Odontopediátrico de Lisboa (SOL), lançado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) em 2019, celebra esta terça-feira, 20 de agosto, o seu quinto aniversário. Atualmente, este serviço conta com “quase 20 mil utentes”, e permitiu a realização de “cerca de 141 mil consultas, rondando as 200 por dia e das quais resultou, por exemplo, a colocação de mais de 2.400 aparelhos ortodônticos”, destacam os serviços de comunicação da SCML, adiantando que o SOL é um “equipamento pioneiro”, que é “único no país”.
André Brandão de Almeida, fundador do SOL, faz um balanço da iniciativa. “A Santa Casa criou, com o SOL, uma verdadeira resposta de serviço público, complementar ao SNS, numa área que ainda está longe de ter uma resposta efetiva e assumiu a missão de garantir cuidados de saúde oral [gratuitos] a todas as crianças da cidade Lisboa, independentemente de qualquer condição económica ou social. Dotado de uma equipa fantástica, conseguimos ainda produzir vários artigos e apresentações científicas bem como dezenas de folhetos informativos e protocolos clínicos.” O responsável destaca também o facto de este ano o SOL ter sido distinguido pela Direção-Geral da Saúde na primeira edição da iniciativa ‘Boas práticas em saúde oral’, “pelos relevantes serviços prestados à comunidade e pelo seu comprometimento e dedicação em contribuir para a saúde da população”.
“O objetivo é ajudar a mudar o paradigma do acesso à saúde oral. O investimento foi e ainda é muito grande, mas imensamente mais pequeno comparado ao que nos custará a todos se não passarmos do atual modelo reabilitador para o modelo preventivo. Se ao custo dos tratamentos adicionarmos os custos inerentes ao absentismo escolar e laboral, à subprodução no trabalho, à redução na capacidade de aprendizagem, à desregulação de outras doenças, ao adiamento de cirurgias programadas por infeções orais agudas, aos problemas de socialização, à má nutrição pela dificuldade na mastigação ou ingestão de certos alimentos, entre outros, facilmente percebemos que o custo de deixar a doença seguir o seu trajeto será terrivelmente maior. Maior para a pessoa, para a família, para os empregadores, para o estado, para a sociedade em geral”, refere André Brandão de Almeida.