Uma missão humanitária de busca e salvamento organizada conjuntamente com a Conferência Episcopal Italiana participou no resgate de 182 migrantes que tentavam a travessia do Mediterrâneo entre a noite de sábado, 24 de agosto, e a manhã de domingo, 25 de agosto, com recurso ao navio Mare Jonio, noticia o portal de notícias do Vaticano na passada segunda-feira, 26.
Esta foi a 18ª operação deste tipo levada a cabo pelo navio Mare Jonio da Mediterranean Saving Humans, uma organização da sociedade civil italiana. Mas foi a primeira organizada em conjunto com a fundação Migrantes da Conferência Episcopal Italiana.
Às 18h00 de sábado, o Mare Jonio avistou uma embarcação de madeira em águas internacionais, a cerca de 35 milhas da costa tunisina. Comunicou a sua posição à guarda costeira italiana e procedeu à distribuição de coletes salva-vidas a todos os que se encontravam a bordo, uma vez que a embarcação parecia muito instável. A guarda costeira italiana chegou pouco depois e transportou os seus ocupantes – 67 no total, todos de origem norte-africana – para um local seguro em Lampedusa.
Entretanto, o Mare Jonio recebera a informação de que havia outro barco nas proximidades. Ao cair da noite, dirigiu-se para a sua última posição conhecida, avistando, por volta das 23h20, a embarcação – um barco insuflável de borracha altamente sobrelotado, transportando 50 pessoas, maioritariamente de origem etíope, incluindo 43 menores e duas mulheres. Todos foram entregues aos cuidados da guarda costeira italiana.
Finalmente, por volta das 06h30 da manhã de domingo, o Mare Jonio resgatou 26 sírios, 30 originários do Bangladesh e seis paquistaneses de um barco precário saído da Líbia na tarde anterior. A maioria das pessoas a bordo tinha estado presa no país de origem e muitas delas apresentavam sinais de maus-tratos e tortura no corpo.
Texto redigido por 7Margens, ao abrigo da parceria com a Fátima Missionária.