Os missionários, missionárias e amigos da Consolata têm uma longa tradição de contacto com os ensinamentos do beato José Allamano, que é fruto de uma correspondência muito intensa, nas cartas e nos diários, de conversas frequentes e conferências que Allamano sempre teve com eles.
Na edição de outubro da revista FÁTIMA MISSIONÁRIA apresentámos a história de José Allamano, fundador dos missionários e missionárias da Consolata, e vários testemunhos que oferecem aos leitores um olhar sobre a missão da Igreja, e sobre a forma como Allamano ainda nos fala hoje. São muitas as declarações de Allamano que foram repetidas várias vezes, por exemplo: “Primeiro santos e depois missionários; Fazer o bem sem barulho; Ser extraordinário no ordinário; Para ser apóstolo é preciso ter fogo e quem não arder deste fogo divino nunca será missionário; Um padre ignorante é uma tristeza na Igreja. Nunca deveis dizer: ‘Isso não é comigo!’”, e muitas outras.
O que é que diria Allamano hoje, aos leitores da FÁTIMA MISSIONÁRIA? Muitas coisas, que podem ser descobertas ao folhear a edição de outubro. As palavras e os pensamentos marcantes que saíram da boca de Allamano inspiram a todos, apresentam a grande “marca allamaniana” e, sobretudo, atestam que ele era um homem de Deus, bom formador e guia espiritual, alguém com um grande humanismo e muito empenhado na missão.
O método de evangelização com que Allamano inspirou aos seus missionários, é ainda muito atual. Basta pensarmos nas suas orientações sobre a promoção humana e do ambiente, o seu contacto direto e apoio aos movimentos e associações, a atenção especial aos leigos, a visão sobre o papel da mulher na Igreja e o respeito por todos os povos e culturas. Resumindo, e como nos disse o Papa Francisco, “a vida alcança-se e amadurece à medida que é entregue para dar vida aos outros”.
José Allamano tinha um grande coração para a missão. Ele pensou e mostrou que toda a igreja é missionária, e que viver e celebrar a missão é um dinamismo permanente que deve fazer parte da vida de todos os cristãos, em todos os tempos. Na homilia da beatificação de Allamano, a 7 de outubro de 1990, o Papa João Paulo II declarou que o beato José Allamano estava profundamente convencido de que “o sacerdote é sobretudo o homem de caridade”, “destinado a fazer o maior bem possível”, a santificar os outros “com o exemplo e a palavra”, com a santidade e a ciência. “A missão renova a Igreja, revigora a sua fé e identidade cristãs, dá-lhe novo entusiasmo e novas motivações. É dando a fé que ela se fortalece! A nova evangelização dos povos cristãos também encontrará inspiração e apoio, no empenho pela missão universal” (Redemptoris Missio, 2).