“Nesta nossa Milão tão atraente e empreendedora é necessário repetir o antigo grito: ‘não há casas!’” – foi com estas palavras que o arcebispo de Milão, Mario Delpini, anunciou, na homilia da missa celebrada na catedral por ocasião dos 50 anos da Cáritas Ambrosiana, a criação do Fundo Schuster – Casas do Povo, promovido pela diocese, noticiou no dia 21 de dezembro a Agência SIR.
Na missa participaram mais de mil pessoas, entre líderes da Cáritas, voluntários e benfeitores, um grande grupo de autoridades religiosas e civis (incluindo o presidente da Câmara de Milão, Giuseppe Sala), representantes das empresas e do terceiro setor da cidade e do território diocesano. O fundo, cujo título é uma homenagem ao cardeal Ildefonso Schuster, no 70.º aniversário da sua morte, terá uma dotação inicial de um milhão de euros e será gerido pela rede Caritas.
Os objetivos do novo instrumento são três: realizar obras de reabilitação de imóveis, a atribuir a famílias e indivíduos com dificuldades de acesso a soluções habitacionais a preços de mercado (50% dos recursos do fundo); prestar garantias a particulares que pretendam disponibilizar os seus apartamentos a preços subsidiados, para que possam ser atribuídos a famílias ou indivíduos com dificuldades de acesso a soluções habitacionais a preços de mercado (20% do fundo); e proporcionar a indivíduos em situação de pobreza ou de dificuldade comparticipações para despesas relacionadas com a habitação, ou seja, rendas, faturas, despesas de condomínio, despesas de requalificação energética (30% do undo).
“O Fundo Schuster não quer ser apenas uma coleção de recursos”, acrescentou o arcebispo na referida homilia, “quer ser uma mensagem, uma provocação, um convite às instituições e a todas as entidades e cidadãos sensíveis a este desafio para que promovam políticas de justiça social e, assim, superar as desigualdades”. De acordo com nota divulgada pela diocese de Milão, “a Câmara Municipal de Milão e a Região da Lombardia já garantiram a disponibilização de apartamentos para a reabilitação. Será um primeiro sinal que os cidadãos agradecem. Mas é apenas um sinal. Apelamos a uma política, a uma estratégia, a uma aliança para que uma palavra de esperança e de encorajamento se difunda na nossa cidade e também nas outras cidades da nossa diocese”.
Texto redigido por 7Margens, ao abrigo da parceria com a Fátima Missionária.