Capelães e voluntários da Igreja católica debatem hoje, 12 de Janeiro, e amanhã, dia 13, o contributo da fé na reabilitação do recluso
Capelães e voluntários da Igreja católica debatem hoje, 12 de Janeiro, e amanhã, dia 13, o contributo da fé na reabilitação do recluso a dimensão da fé é importante para a reabilitação das pessoas. Quando falamos de Deus e da sua mensagem, quando diz Não matarás, ou não roubarás!, onde é que está o mal de na cadeia anunciar esses valores? O que é que o estado e a sociedade querem? Não é a pessoa reabilitada?, questiona o coordenador da Pastoral penitenciária. Um dos temas em análise durante os trabalhos é o enquadramento jurídico desta missão, numa altura em que ainda não está em vigor a Concordata, assinada em 2004, sobre esta matéria.
Se a fé poder reabilitar por que é que andamos agora a discutir para trás e para a frente com legislação sobre a nossa presença nos hospitais e nas cadeias?, volta a questionar o padre João GonçAlves. Eu como padre não me sinto no direito de ir à cadeia, nem a Igreja o reclama como um direito seu, mas respeito o direito que o recluso tem a ser assistido religiosamente e, por causa disso, eu luto para estar lá, sublinha.
Do lado feminino, as visitas às reclusas são igualmente importantes. a irmã Luísa, visitadora voluntária de estabelecimentos prisionais portugueses refere que algumas redescobrem o espaço de Deus na sua vida. Há vidas complicadas, situações de desespero de mães que não recebem visitas porque os familiares assim o entendem ou, entretanto, as crianças foram institucionalizadas.
algumas, que tiveram vidas muito atribuladas falam que é aqui que conhecem o amor, a amizade e o respeito que nunca tinham vivido antes reforça, citada pela Lusa. a mediação entre as famílias e os reclusos bem como com as instituições é outra das preocupações dos responsáveis da Pastoral penitenciária.