Em momentos de nostalgia, quando as pessoas recordam a vida que viveram, algumas manifestam o desejo “de voltar atrás” no sentido de que fariam as coisas de forma diferente, embora tal já não seja possível
Em momentos de nostalgia, quando as pessoas recordam a vida que viveram, algumas manifestam o desejo “de voltar atrás” no sentido de que fariam as coisas de forma diferente, embora tal já não seja possívelTambém nós quando reflectimos na vida passada, ousamos desejar ter feito algo que não fizemos e por que será? a nossa vida é um ciclo rotativo de princípio e fim, só que do inicio não recordamos e do final, nem sequer queremos que nos falem, talvez pelo medo que a morte nos infunde, quando a sua naturalidade é uma evidência. Pelo meio ficam a nossa infância, juventude e depois a idade adulta que nos conduz à maturidade. O desejo de retorno só pode acontecer em função de qualquer coisa que agora queríamos que fosse diferente, normalmente para melhor, mas cuja irreversibilidade não o permite.
Foi no uso da liberdade que nos foi concedida que cada um de nós viveu a maior parte da vida, então o que poderá levar a desejar aquilo que já não poderemos obter? as explicações podem ser diversas, mas qualquer delas assenta na insatisfação do homem perante a vida e nas escolhas que nós próprios fizemos, ou não. De facto são muito importantes as opções que tomamos perante qualquer facto, acontecimento ou pessoa, isso poderá marcar um rumo feliz ou incerto, bom ou mau e de que apenas nos apercebemos mais tarde em função das consequências sofridas. É exactamente isso que nos deverá fazer pensar e traçar o caminho correcto para o nosso dia-a-dia.
“Viva cada dia de sua vida como se fosse o último, pois um dia desses vai ser mesmo” é uma citação de alfred Newman, que não devemos ter vergonha de adoptar e seguir. Não será fácil pensar e agir desta forma, mas se o conseguirmos, mesmo que seja apenas em parte, poderemos estar certos de que iremos tomar as melhores opções e estaremos de consciência tranquila no dia em que nos assaltar o desejo de voltar atrás. aí, já não desejaremos retroceder, mas sim seguir em frente e o mais rapidamente possível. O segredo para o conseguir está no “dar”, mais que em receber, mas sobretudo no “dar-se” aos outros com amor sincero e desprendido.