Dalai Lama recuou, aparentemente, na sua oposição ao domínio da China sobre o Tibete. aceitar tal domínio parece ser do interesse do Tibete. Se a visão do líder tibetano não tiver sido distorcida.
Dalai Lama recuou, aparentemente, na sua oposição ao domínio da China sobre o Tibete. aceitar tal domínio parece ser do interesse do Tibete. Se a visão do líder tibetano não tiver sido distorcida. O líder exilado do Tibete, Dalai Lama, declarou que o seu país está dentro da tradição da China. Trata-se de uma mudança de discurso, pois ele sempre incentivou os tibetanos a governar o seu próprio país. Parece que agora aceitou o controle da China sobre os assuntos políticos e económicos do Tibete. é uma surpresa.
a nova posição tornou-se evidente numa série de entrevistas à imprensa. Em entrevista a um jornal de Hong Kong, Dalai Lama envia uma mensagem aos chineses e tibetanos. Nela assume que “não está a favor da separação”. E afirma que os tibetanos, “no seu próprio interesse, estão dispostos a fazer parte da República do Povo da China, desde que esta governe e garanta a preservação da cultura, espiritualidade e ambiente tibetanos. ”
ao mesmo tempo o Tibete pode “contribuir com a parte espiritual”. a China “volta à sua tradição milenar, da qual o Tibete faz parte”.
a nova posição de Dalai Lama irá criar angústia em muitos jovens tibetanos exilados e também nos seus apoiantes estrangeiros. a menos que tenha havido uma distorção das ideias e palavras do líder tibetano.
Na quinta-feira da semana passada ocorreu o aniversário da falhada revolta dos tibetanos contra a ocupação chinesa em 1959. Foi esta revolta que obrigou o monge budista a exilar-se na Índia.
Em 1988, no parlamento europeu de Estrasburgo, Dalai Lama defendera que o Tibete deveria ser “uma entidade democrática de governo autónomo”. Pequim seria responsável pela sua defesa e assuntos externos.
O governo chinês sempre considerou o discurso de Estrasburgo pouco sincero e o diálogo entre Pequim e os líderes tibetanos fez poucos progressos. Não houve reacção imediata a estas novas ideias.