Cerca de um milhão de crianças trabalham na exploração de ouro, em todo o mundo, em duras condições. Para combater este problema, o Mali precisa da cooperação dos negociantes de ouro
Cerca de um milhão de crianças trabalham na exploração de ouro, em todo o mundo, em duras condições. Para combater este problema, o Mali precisa da cooperação dos negociantes de ouroO ouro sempre provocou «fascínio nas pessoas, mas para cerca de um milhão de crianças que trabalham na exploração deste minério, em todo o mundo, é símbolo de sofrimento. Só no oeste de África, pelo menos oito países recorrem ao trabalho infantil na extração artesanal do ouro, denuncia a Human Rights Watch (HRW), organização para a defesa dos direitos humanos. No Mali, crianças trabalham em minas debaixo da terra a uma profundidade que pode atingir os 30 metros. algumas têm apenas seis anos de idade e transportam cargas superiores ao seu peso. Muitas crianças utilizam mercúrio, uma substância altamente tóxica, para trabalhar, sem saber que estão a prejudicar gravemente a sua saúde e o seu desenvolvimento. Os menores trabalhadores arriscam a sua vida para poder ajudar as suas famílias ou por vezes são explorados por adultos que ficam com os seus rendimentos. Tem havido muitos debates sobe a responsabilidade social das empresas, nos últimos anos. Porém, muitos negociantes de ouro não estão preocupados com o facto de haver crianças a trabalhar em minas de ouro. Há quem responda: «Só queremos ganhar dinheiro. Se o Mali quer mesmo atacar o problema do trabalho infantil nas minas de ouro, terá de conseguir a cooperação dos negociantes desse minério. as empresas devem assumir a responsabilidade de combater as violações dos direitos humanos que elas favorecem, defende Juliane Kippenberg, especialista em direitos das crianças da HRW.