Guantanamo é um símbolo da degradação dos direitos humanos nos Estados Unidos em nome do combate ao terrorismo, afirma o porta-voz da secção portuguesa da amnistia Internacional
Guantanamo é um símbolo da degradação dos direitos humanos nos Estados Unidos em nome do combate ao terrorismo, afirma o porta-voz da secção portuguesa da amnistia InternacionalDez anos depois da transferência do primeiro detido para Guantánamo, Victor Nogueira lembra a promessa não concretizada do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de fechar Guantanamo. «Encerrar Guantanamo é bom, mas não resolve tudo. Há outros problemas. as cento e cinquenta pessoas que ali continuam detidas têm de ser acusadas, julgadas ou então libertadas, defendeu o porta-voz da aI-Portugal, citado pela Lusa. 48 dos detidos «estão na situação de ficarem indefinidamente presos.
No relatório Guantanamo: a Decade of Damage to Human Rights, a amnistia Internacional alerta «uma vez mais para o tratamento à margem da lei de que são vitimas os detidos em Guantanamo e relembra os motivos por que o centro constitui um verdadeiro ataque aos direitos humanos, salienta a aministia Internacional-Portugal.
«Enquanto os Estados Unidos da américa (EUa) não encararem estas detenções como um assunto de direitos humanos, o legado de Guantanamo continuará vivo quer as instalações sejam encerradas ou não, afirmou Rob Freer, investigador da amnistia Internacional para os EUa. a aI adianta que entre os detidos estão «homens que foram submetidos pelos EU a a desaparecimentos forçados e a tortura antes de serem transferidos para o complexo prisional.
a organização denuncia ainda que, em 10 anos, só 1 dos 779 detidos foi transferido para os EU a para ser julgado num tribunal federal comum. Outros enfrentaram julgamentos injustos perante Comissões Militares. «De acordo com a lei internacional, as políticas e legislação de um país não podem ser invocadas para justificar o incumprimento dos compromissos assumidos nos tratados. a legislação internacional exige que sejam encontradas soluções não desculpas, conclui Rob Freer.