Os fiéis de São Brás de Plataforma, Salvador, festejaram o padroeiro da paróquia e protetor contra males de garganta, a 3 de fevereiro, com muito axé, uma música da Baía, da década de 1980, em manifestações popular
Os fiéis de São Brás de Plataforma, Salvador, festejaram o padroeiro da paróquia e protetor contra males de garganta, a 3 de fevereiro, com muito axé, uma música da Baía, da década de 1980, em manifestações popularDurante nove dias, a paróquia, confiada aos missionários da Consolata, viveu animada pelas suas pastorais e movimentos, em especial a pastoral afro. À frente da festa, este ano, a pastoral afro organizou a novena ao padroeiro sobre o tema: São Brás e saúde – ouvir o clamor deste povo, com ligações à campanha da fraternidade de 2012. a festa atingiu o auge no dia do padroeiro, comemorado com varias celebrações. Bem cedo, logo de manhã, os homens reuniram-se para rezar o ofício de Nossa Senhora. a primeira eucaristia foi celebrada às 07h, presidida pelo ex-superior geral dos Missionários da Consolata, aquileo Fiorentini. Seguiram-se outras missas durante o dia. Depois da missa das 19h, teve lugar a procissão com a imagem de São Brás e de Nossa Senhora de Monte Serrat. O povo de Plataforma é privilegiado dentro da Igreja de São Salvador. É o povo que sabe lutar e celebrar as conquistas, afirmou o bispo auxiliar, Gregório Paixão, que presidiu à missa festiva das 09h, ladeado por vários sacerdotes missionários da Consolata e por vários diáconos da Igreja local, entre eles o diácono Michael Mutinda, missionário da Consolata. O bispo lembrou que São Brás é muito querido de nosso povo. É invocado, especialmente, contra as doenças da garganta, porque certa vez salvou um menino em perigo de vida por ter engolido uma espinha de peixe. São Brás ensina-nos a jamais abandonar a fé, mesmo nas horas mais difíceis, acrescentou o bispo auxiliar de Salvador. Falando do tema da festa, Gregório Paixão comentou que falar sobre saúde é falar da vida e da salvação. O povo de Plataforma, assim como todo o povo brasileiro “quer saúde física, espiritual, moral, económica, política, social e relacional”. Embora tenha registado muito progresso, a situação do povo brasileiro tem um longo caminho a percorrer para atingir a saúde desejada. O poder político, social e religioso tem que ter coragem, como São Brás de gritar em favor do povo das cinturas urbanas, privado de muitos direitos de saúde. “Cada poder que quer ser amigo do povo deve ser a voz dos que não tem voz e vez. Deve erguer a sua fé sem medo, em favor dos pobres do subúrbio”, concluiu o prelado. No final de cada missa, os fiéis receberam a bênção da garganta. Padres, diáconos e o bispo colocavam duas velas junto da garganta, enquanto proferiam a oração de São Brás. Os fiéis reuniram-se no salão paroquial para um almoço partilhado em honra do seu padroeiro.